Quase 30 pessoas levam 'agulhadas' no carnaval do Recife e de Olinda
21/02/2024
Casos são de foliões que procuraram atendimento no Hospital Correia Picanço, referência no tratamento e prevenção de ISTs. Hospital Correia Picanço fica na Zona Norte do Recife
Reprodução/TV Globo
Ao menos 29 pessoas procuraram atendimento hospitalar depois de terem levado "agulhadas" no carnaval. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), todos os casos foram atendidos no Hospital Correia Picanço, na Tamarineira, Zona Norte do Recife. A unidade é referência no tratamento e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
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Dos 29 pacientes atendidos no Hospital Correia Picanço, 16 eram mulheres e 13, homens.
O caso foi publicado nesta quarta-feira (21) pelo portal UOL. Os atendimentos, segundo a SES, foram feitos entre o dia 9 e a quinta-feira (15), no período carnavalesco.
A maioria deles, 11 ocorrências, aconteceu em Olinda. Outros seis foram no desfile do Galo da Madrugada pelo Centro do Recife, no dia 10 de fevereiro, e outros sete, no Marco Zero, principal polo de shows da capital. Outros cinco casos não tiveram o local divulgado.
"Segundo o relato no momento do atendimento na unidade, eles foram vítimas de furadas provocados por agulhas em diversos focos de folia no Recife e em Olinda", afirmou a Secretaria Estadual de Saúde, por meio de nota.
No Hospital Correia Picanço, todas as vítimas foram submetidas a protocolo de risco de contrair o HIV, vírus causador da Aids.
Esse atendimento, que é oferecido de graça a qualquer pessoa que procure a unidade, foi feito atendimento clínico, coleta de exames, prescrição de medicamentos e entrega de Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP).
"Todos passarão a ser acompanhados no ambulatório especializado do próprio serviço de saúde, onde realizarão a repetição dos exames com 30 e 90 dias pós-exposição, respectivamente", afirmou a SES.
Outros casos
Em 2019, quase 300 pessoas foram vítimas de "agulhadas" no carnaval no Recife e em Olinda e procuraram atendimento no Hospital Correia Picanço. A Polícia Civil chegou a divulgar retratos falados de dois suspeitos, mas ninguém foi preso.
Em 2020, o número chegou a 215 denúncias do mesmo tipo de violência. Dessas, ao menos 78 pessoas registraram boletim de ocorrência.
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